terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Paralamas participam do DVD ao vivo da Nação Zumbi com "A praieira"

Nação Zumbi volta ao Recife para gravar DVD
Agência Estado, publicada no IG Música - 07/12 - 10:15

Nada mais antiquado do que ainda acreditar que a boa música brasileira transita apenas no eixo Rio-São Paulo. Cada vez mais bandas de diversos Estados pipocam na internet, revelando ao País suas influências, com inventividade e qualidade.
Um dos grupos responsáveis por começar a abrir os olhos e os ouvidos do público na direção de outras paragens Brasil afora foi Nação Zumbi, nos idos da década de 1990. Mesmo dizendo que 2009 foi o ano em que mais voltaram ao Recife, seus integrantes admitem que ainda faltava um registro feito em sua cidade natal. E é justamente isso o que acontecerá na quarta-feira, quando vão gravar o segundo DVD da carreira, desta vez em casa, no Marco Zero.

Depois de ter lançado o primeiro, "Propagando ao Vivo", em 2006, a banda ouviu muitos queixumes dos fãs recifenses por terem gravado o DVD em São Paulo. Com uma espécie de dívida afetiva com sua cidade, nada mais justo que a Nação Zumbi, banda responsável pela última revolução musical significativa no Brasil em duas décadas, voltasse a seu berço para gravar com o público.

Desta vez, aproveitando a efeméride de 15 anos de seu primeiro e antológico disco, Da Lama ao Caos, a Nação grava o DVD com participações de luxo. Amigos que sempre estiveram presentes durante a trajetória do grupo desde o início com Chico Science, como Os Paralamas do Sucesso, Arnaldo Antunes, Siba e, naturalmente, Fred Zero Quatro, da banda Mundo Livre S/A.

O DVD, que estará nas lojas no primeiro semestre de 2010, será gravado em um único dia, durante a apresentação gratuita da banda, no festival Feira Música Brasil. O show será praticamente o mesmo que a Nação vem tocando na turnê de Fome de Tudo, mas contará com músicas dos sete discos da carreira do grupo, incluindo as clássicas "Manguetown", "A Praieira" (com Os Paralamas), "Rios, Pontes e Overdrives" e "Salustiano Song", todas do primeiro álbum.

A Praieira
Chico Science & Nação Zumbi
Composição: João Higino Filho
No caminho é que se vê, a praia melhor pra ficar Tenho a hora
certa pra beber
Uma cerveja antes do almoço é muito bom, pra ficar pensando
melhor
E eu piso onde quiser, você está girando melhor, garota
Na areia onde o mar chegou, a ciranda acabou de começar, e ela é
!
E é praieira!!! Segura bem forte a mão
E é praieira !!! Vou lembrando a revolução, vou lembrando a
Revolução
Mas há fronteiras nos jardins da razão
E na praia é que se vê, a areia melhor pra deitar
Vou dançar uma ciranda pra beber
Uma cerveja antes do almoço é muito bom, pra ficar pensando
melhor
Você pode pisar onde quer
Que você se sente melhor
Na areia onde o mar chegou
A ciranda acabou de começar, e ela é !
E é praieira!!! Segura bem forte a mão
E é praieira !!! Vou lembrando a revolução, vou lembrando a
Revolução
Mas há fronteiras nos jardins da razão
No caminho é que se vê, a praia melhor pra ficar Tenho a hora
certa pra beber
Uma cerveja antes do almoço é muito bom, pra ficar pensando
melhor.

Um abraço,

Lua

O rock brasileiro - história em imagens - João Barone participa

O filme "O rock brasileiro - história em imagens", que conta com depoimento do João Barone, será exibido na Feira Música Brasil, essa semana em Recife-PE.

A Sociedade dos Amigos da Cinemateca (SAC) apóia a Mostra de Filmes da Feira Música Brasil, no Teatro Apolo, em 10,11 e 12/12, a partir das 18h30. Estão selecionadas obras que retratam a vida de Cartola, a trajetória do rock nacional e a visão estrangeira sobre a música brasileira. A exibição dos filmes será seguida de debate.

11/12 – O Rock Brasileiro – Historia em Imagens, documentário que será distribuído gratuitamente para as bibliotecas e escolas públicas do país, traça um panorama do rock brasileiro. O longa-metragem conta com depoimentos de figuras que vivenciaram a explosão do rock no Brasil e sua evolução, como Antonio Carlos Miguel, o produtor Carlos Eduardo Miranda, Charles Gavin (Titãs), Dado Villa-Lobos (ex-Legião Urbana), Dinho Ouro Preto (Capital Inicial), Erasmo Carlos, Fernanda Abreu, Fred (ex-Raimundos), Gringo Cardia, Henrique Portugal (Skank), João Araújo, João Barone (Paralamas do Sucesso), Jorge Davidson, José Fortes, Liminha, Lucio Maia (Nação Zumbi), Luiz Oscar Niemeyer, Marcelo Lobatto, Maria Juçá, Pitty, Rick Bonadio, Rick Ferreira e Rogério Flausino (Jota Quest).

O Teatro Apolo fica na Rua do Apolo, 121, Recife Antigo. Fonte: Portais da Moda

Filme sobre o rock brasileiro é editado em DVD que não está à venda (Fonte: Blog do Mauro Ferreira)

Documentário dirigido por Bernardo Palmeiro, com roteiro e pesquisa de Kika Serra, o didático Rock Brasileiro - História em Imagens está sendo editado em DVD que será distribuído gratuitamente às escolas e às bibliotecas públicas de todo o Brasil. No filme, já exibido em festivais (clique aqui para ler a resenha de Notas Musicais), Palmeiro passa em revista a história do rock nacional a reboque de imagens de arquivo e depoimentos de nomes como Erasmo Carlos, João Barone e Pitty. O filme foi viabilizado graças a uma parceria da Fuzo Produções - empresa que tem na direção artística Jorge Davidson, executivo que muito investiu no rock nacional enquanto atuou na indústria fonográfica - com a Planmusic, dirigida por Luiz Oscar Niemeyer, com quem, aliás, Davidson trabalhou na (extinta) gravadora BMG.

Resenha de Filme - blog do Mauro Ferreira
Título: Rock Brasileiro - História em Imagens
Direção: Bernardo Palmeiro
Roteiro: Kika Serra
Cotação: * * *
Exibido no Festival do Rio 2009

A despeito de a sua narrativa ter tom didático (no caso, justificado pelo fato raro de se tratar de um documentário primordialmente direcionado às escolas), o filme Rock Brasileiro - História em Imagens tem cacife para despertar interesse de todos os devotos do já cinquentenário rock'n'roll. O roteiro de Kika Serra traça, de forma cronológica, a evolução do rock made in Brazil desde a fase pré-Jovem Guarda - quando o filme Sementes da Violência (1955) fez brotar nos jovens nacionais a ânsia de tocar sua guitarra - até a geração de bandas dos anos 2000, representada por nomes com NX Zero e Fresno. Através da didática narração em off e dos muitos depoimentos colhidos entre nomes de todas as gerações, num amplo painel que vai de Erasmo Carlos a Pitty, passando pelo produtor Rick Bonadio, o diretor Bernardo Palmeiro consegue abordar (mesmo que de forma superficial) todas os fatos e as características relevantes das (várias) gerações do rock brasileiro.
"Cada vez que você tenta definir o rock, você queima a língua", ressalta João Barone, o baterista do trio carioca Paralamas do Sucesso, logo no início do documentário. Com toda a razão. Por isso mesmo, o filme cresce quando os entrevistados discutem as tendências de cada geração. "A Tropicália nada mais foi do que uma Jovem Guarda num estágio cultural maior", defende Erasmo Carlos. O filme ressalta o papel pioneiro de Rita Lee nos anos 70 - década em que o rock brasileiro ficou submerso no underground e influenciado pelo sons progressivos - por conta de seus discos bem-sucedidos do ponto de vista comercial. Assim como lembra o pioneirismo de Raul Seixas (1945 - 1989) ao fundir esse mesmo rock com os ritmos nordestinos. E a importância que os festivais Rock in Rio (1985) e Hollywood Rock (1988) tiveram para a consolidação do mercado de música pop que se abriu a partir do verão de 1982 com o estouro da Blitz. Quando a narrativa chega aos anos 90, década caracterizada pela fusão do rock com ritmos nacionais, o filme enfatiza o forte papel da MTV na propagação de bandas como Skank e O Rappa. E Pitty se faz notar pela sinceridade de seu depoimento, em especial ao dizer que, de todas as bandas que misturaram rock com música brasileira, a única que não lhe pareceu artificial foi a Nação Zumbi. Enfim, como a toda hora surgem adolescentes fascinados pelo poder e status de tocar uma guitarra, o filme cai bem nas escolas para mostrar a esses garotos que o rock nacional, entre altos e baixos, também tem história(s).


História do rock - 'Levar rock para as escolas é uma constatação histórica', diz produtor do filme
Publicada em 26/08/2009 às 08h50m - O GloboOnline - Ricardo Calazans

RIO - Luiz Oscar Niemeyer, empresário que criou o festival Hollywood Rock e já trouxe artistas como Radiohead e Paul McCartney ao Brasil, é o idealizador do projeto do documentário - que vem acompanhado por um livro de fotografias emblemáticas de roqueiros nacionais, com seleção de Maurício Valladares e textos do repórter e crítico musical de O GLOBO Carlos Albuquerque. O projeto é tratado por ele como um "processo de resgate e contemporaneidade".

- Hoje o rock é uma manifestação cultural, um gênero musical, que frequenta os lares, as escolas e faz parte da vida de todos os brasileiros. Acho que levá-lo para as escolas é uma constatação histórica - diz Luiz Oscar.

Dirigido por Bernardo Palmeiro, o documentário apresenta também outros gêneros musicais, como Bossa Nova e a Tropicália, e mostra como eles se relacionaram (ou não) com o rock. Que, até os "boom" dos anos 80, era mesmo um patinho feio diante da intelectualizada MPB. Erasmo Carlos, figura-chave na popularização do rock no Brasil nos anos 60, ao lado de Roberto Carlos e outros artistas da Jovem Guarda, constata:

- Rock'n'roll não era popular, como eu. Era sem cultura, como eu - diz.

Continuou assim nos anos 70. Apesar do sucesso de Raul Seixas, Rita Lee e de grupos Secos & Molhados e Novos Baianos, o grosso da produção roqueira (de bandas como A Bolha ou Bicho da Seda) permaneceu subterrânea. Na década seguinte, o gênero passou a ser visto com outros olhos, depois do caminho aberto por Blitz e Gang 90, que foram seguidos por Titãs, Paralamas, Legião Urbana, Capital Inicial, Ultraje a Rigor e RPM.

- A geração seguinte à nossa é a geração do Rappa, Charlie Brown, Skank, Jota Quest. Depois veio Pitty, depois NX Zero, Fresno... Essas bandas estão pegando uma infraestrutura que foi posta de pé pela nossa geração. A prova de que somos vitoriosos é o fato de vermos com naturalidade sucessivas gerações de rock no Brasil - diz o vocalista do Capital Inicial, Dinho Ouro Preto.

Rock em debate - Geração 00 do rock Brasil é debatida em documentário que será distribuído em escolas
Publicada em 26/08/2009 às 08h52m - O GloboOnline - Ricardo Calazans

Geração 00 do rock Brasil é debatida em documentário que será distribuído em escolas


RIO - Nos cada vez mais longínquos anos 70, Rita Lee observava que "roqueiro brasileiro sempre teve cara de bandido". Hoje, este tipo tem uma aparência beeeem menos assustadora. Antes e depois de Rita Lee, o roqueiro nacional teve também outras caras - e muitas delas foram reunidas no documentário "O rock brasileiro - história em imagens", produzido através da Lei de Incentivo à Cultura e que irá direto para escolas, bibliotecas e instituições públicas públicas do país, indicadas pelo Ministério da Cultura.

'Levar rock para as escolas é uma constatação histórica', diz produtor

Com esse propósito educativo, o filme é didático e acompanha a história do rock no país, dos "transviados" anos 50 aos dias atuais. É justamente neste último capítulo que se trava o debate mais intenso do documentário, com roqueiros e produtores discutindo a geração 00 do rock nacional, que dispensa as influências brasileiras em sua música, (quase) sempre presentes no gênero por aqui, dos Mutantes a Chico Science & Nação Zumbi.

- De repente, quando o rock fica muito abrasileirado, vem um grupo e fala: 'ai, que é isso'? - constata a cantora Fernanda Abreu no filme. Ela é contestada por Pitty, que de brasileiro não tem nada em seu rock.

- Houve uma fase no rock que se convencionou essa coisa de usar elementos regionais. Isso me soava artificial, muito 'tem que ser porque a gente é daqui'. A única que fez isso com propriedade foi a Nação Zumbi - diz Pitty, no vídeo.

Para o produtor Carlos Eduardo Miranda, a criticada geração de Fresno e NX Zero tem legitimidade.

- Esse fenômeno não surgiu forçado por rádio ou gravadora. Se eu gosto ou não, tanto faz. Mas veio do underground, é legítimo, é da molecada e veio da internet - analisa.

Um abraço,

Lua